quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Meus olhos de criança,muitas vezes são coagidos para que se fechem,mas não querem.



ALMA


Minha débil inocência e esperança mandam: Abra-os,abra-os...

O mundo está preparado para os olhos da alma?
Ele foi invertido,
Inocência e esperança são vistos como fraqueza.

A dor que sinto com isso,me corrói as entranhas,não entendo,não quero e não consigo entender.
Nos dizem:ame,ame,ame,o amor é a essência da vida...
Sei que sim,esta é a essência do simples.
E quem disse que nós,animais homens somos simples?
Quem disse que caminham nessa direção?

Não sei mais em que mundo viver,nem porque sou assim...

A vontade de sucumbir ao animal que sou,que é a própria humanidade...
...E a tentação que me rodeia,que me cerca...que me vigia com seus olhos vermelhos.





O amor não cobra,errôneamente ensinado assim.

O amor é o que mais caro cobra,pois a tentação dos olhos vermelhos nos segue desde antes de nascermos e não são poucos os que sucumbem,este é o maior preço.


Não se vender!







Não venerar mais o material que a luz que nos foi acessa quando entramos nessa vida,nesta coletividade despedaçada.








Como podemos nós,animais racionais(?)ensinarmos coisas,nos deixar guiar por mestres
espirituais,mas não permitir que se cumpra o que foi ensinado.
Forçamos quem segue uma doutrina como sendo fé verdadeira e profundidade real,então nos afastamos e queremos que de longe a luz nos ilumine.





Meus olhos infantis enxergam a estranha superficialidade que governa este mundo...

O amor cobra a dor de se ser obrigado a fingir não ver o fingimento,não ver a superficialidade que ilude ser profundidade.

Querem mestres,mas os matam um a um,assassinatos travestidos de verdade.
Depois louvam seu sangue...sua imagem...seu nome...
E dentro da superficialidade empurram uns aos outros mais ilusões de verdade em nome das mais variadas ordens.
Pensam ter,na matéria,bençãos do espírito e continuam matando seus mestres um a um.
Não os entenderam em vida,são eles mesmos que os matam,pra depois inventarem que os compreendem plenamente.

(Angélica Hallack)