sábado, novembro 22, 2008







Bem separado do Mal?!



Que parâmetros estabelecemos em relação a Bem e Mal,senão a relação simbiótica entre ambos?


Não seriam eles mesmos (juntos) parâmetros para nós seres humanos?

Sem saber e ter inerente em nós o Mal,e sendo Deus(ou deuses,desde epocas muito anteriores a civilização)também presonalidade inerente a nós(sob forma de intuição ou como costumam chamar :"inspiração divina"),como saberíamos o que é Bem,com o que o compararíamos senão com o próprio Mal para sabermos o que é este conceito?
E o Mal,com o que seria comparado,a que seria relativizado sem termos também inerentes em nós o Bem?
Somos os únicos seres a possuir consciência(sabemos racionalmente que existimos)e que possuímos tais conceitos(Bem e Mal,em proporções distintas em cada indivíduo),seria um criado por Deus e o outro por algum demônio?
Á luz da razão e da lógica(logus,chamado também de pensamento ou raciocínio) e tendo em vista o proposto,quer dizer,o parâmetro de comparação para a real compreenção;a resposta é não,um não foi criado por Deus e o outro por algum demônio.A energia criadora,ou Deus,não criou apenas um aspecto(Bem) e teria criado outro ser para que por sua vez,este outro ser criasse outro aspecto.Que sentido há em intuir Deus como "o todo","tudo que existe","a quem tudo pertence" e através do qual "tudo" tivesse sido criado e ao mesmo tempo separar a "criação" do Mal desta mesma energia? Como pode isto fazer sentido?!
É justamente para que saibamos(para nosso próprio aprendizado)diferenciar o que é Bem do que é Mal,já que os parâmetros usado para essa diferenciação sejam eles mesmos(Bem e Mal,não Bem xMal),portanto torna-se evidente(não como punição,mas como aprendizado) que o Mal também foi criado por Deus.
O que fazemos com as informações retiradas dessa constatação é que faz toda a diferença,isto sim traz á luz da praticidade(além da teoria),a facilitação ou não de nossa vida,individual,coletiva,material,mental e espiritual.
Quando separamos o conceito em Bem absoluto ou Mal absoluto,não saberemos mais distinguir o Mal infiltrado no Bem ou vice versa e é isso que no fim das contas(individual ou coletivamente)nos deixa nas mãos de terceiros.
Quando não refletimos que ambos(Bem e Mal)servem um de farol ao outro,ambos necessários para nosso aprendizado como indivíduos e coletivamente,e que um pode se converter no outro em seus exageros ou dogmas ou se equilibrarem sem danos maiores,e não enxergarmos isto,nos colocamos inteiramente disponíveis a conceitos estreitos de outras pessoas,pré dispostas apenas a conceitos humanos e parciais,sem alcançarmos a sabedoria contida no "ser criador de todas as coisas",nos manteremos apenas na materialidade dos livros,das seitas,das religiões que dizem possuir ou conter "a verdade" suprema e assim manteremos o mal que advém do "Bem supremo",como por exemplo o conceito de submissão,não de reflexão que pode levar á verdadeira "inspiração divina",levar á Deus,sem percebermos que este conceito extrapola a teoria e passa a conceber na vida prática social a submissão a outros seres humanos (sem que quem siga um certo dogma fixo perceba que isso acontece),principalmente se estes diserem que detêm "a verdade de Deus"(este conceito de submissão pode acabar extrapolando a teoria e se enraizando em outros tipos de submissão - [se submeter a] - (como se submeter a maus tratos em casamentos pq "Deus disse",ou pq está "na palavra(bíblia) que a mulher deve ser submissa aos marido e se se tem em mente a submissão à Deus,isto então é bom e deve ser obedecido),isso entre outros afeitos negativos que são engolidos sem mastigar(aceitos sem reflexão)que nos são empurrados goela abaixo sob disfarçe de Bem absoluto.
Quando concideramos o Mal absoluto,não extraímos dele o aprendizado necessário de mudança,exergamos apenas o Mal,temendo tudo o que é diferente e temer induz à cegueira que não deixa enxergar que sempre pode-se extrair algum aprendizado nos fatos ruins e que nem tudo que nos dizem ser Bem é apenas bom,e o Mal pode não necessariamente nos destruir e sim nos fortalecer.


Enxergando que do Mal se extrai também aprendizado,podemos invertê-lo em Bem..portanto não há Bem nem Mal absolutos.




terça-feira, novembro 18, 2008


A Insustentável Fragilidade do Ser

Feitos de barro,isso nos diz o mito mais conhecido no mundo.E se apresenta como um símbolo,um poderoso símbolo.
O mito da criação simboliza à luz da razão e da psique que somos frágeis,somos todos louças frágeis.Frágeis a doenças,frente a natureza e mais que tudo,frágeis emocionalmente e incrivelmente sugestionáveis ao meio.

Por trás de cada homem violento,frio,seco, muito provavelmente esconde-se uma imensa fragilidade,alguma dor mal curada,lágrimas não derramadas ou amores reprimidos,claro sempre ocultas,e quanto mais melhor. Costumamos aprender que demonstrar o que temos de mais sensível equivale a fraqueza.

De fato,ser frágil é uma coisa sofrida,por outro lado,existe a sobriedade,uma seriedade quase tirânica;este é o escudo usado por muitos para que sua própria fragilidade não os afogue.

Todo excesso torna-se destrutivo,seja de fragilidade ou de frieza...Ambos destroem,as pessoas vão se auto destruindo e consequentemente quem está à sua volta.A frieza ou a tirania quer usurpar o brilho da fragilidade alheia,ou melhor,a doçura existente em doses medidas de fragilidade,na maioria das vezes,querem destruir(mesmo de forma inconsciente) este lado de quem está por perto, que torna as pessoas mais doces ou de alguma maneira,de repente,transformá-los também em tiranos.

Por outro lado,o excesso de fragilidade também torna-se algo destrutivo,é de certa forma uma espécie de "sequestro" emocional,frágeis e sensíveis demais geralmente tendem a ser dramáticos,usam a estratégia da chantagem emocional,ameaçam se matar,sumir,não conversam mais mesmo que convivam juntos,enfim,isto é uma forma de tornar o outro um "refém emocional".

Equilíbrio é uma palavra deve ser levada a sério e as pessoas deveriam estar mais atentas em ser mais equilibradas em suas emoções.Há tempo e hora pra tudo,pra usar de sensibilidade ou ser mais frio em relação à certas coisas,as emoções devem ser usadas,porém em dosagens mais medidas.

Mas,somos seres dotados de impulsividade,de reações muitas vezes parecidas com a dos animais:instinto!
O que não é de forma alguma nada fora do normal(apesar de muitos se sentirem diminuídos ou negarem),de fato somos uma espécie animal,a diferença é que temos a capacidade de compreensão e também capacidade de auto controle,afinal temos o diferencial da razão,o que não significa que somos todos(sem qualquer treino)seres que automáticamente raciocinam.
As mesmas pessoas que se escandalizam com o fato de sermos animais,tem essa perfeita noção,de que apesar de animais,somos dotados de uma complexa rede de sentimentos e possuímos consciência,somos diferenciados dos outros animais pois temos consciência.

A questão é: Até que ponto toda essa complexidade,essa intensa rede de sensações,sentimentos,descobertas,conhecimento nos fortalece o suficiente,nos equilibra e em que ponto podem se tornar parte de nossa fraqueza e fragilidade ou nossa tirania?

Possuímos a máxima responsabilidade sobre nós mesmos e sobre quem chamamos semelhantes,ou será isso uma hipocrisia? somos semelhantes até não sentirmos de modo igual,até não querermos as mesmas coisas,termos o mesmo estandarte levantado?...Só Deus sabe? E nós não precisamos saber também o que é a definição universal de semelhantes?.
Mais uma vez a palavra equilíbrio tem de ser lembrada e buscada o máximo possível,termo esquecido a muito(se é que algum dia existiu essa noção na maioria...Salve as excessões!!).Não devemos ser frios ou completamente insensíveis ou emocionais e sensíveis demais.Há uma ocasião,uma situação para tudo,as emoções devem sim ser usadas de acordo com a situação,mas em dosagens bem mais equilibradas.
Ser frio,exageradamente frio,torna os seres humanos inatingíveis em relação ao sofrimento alheio,a dor de outra pessoa não as atinge;levando-se em conta que vivemos(sempre vivemos)em sociedade,em grupos e desde tempos remotos dependem uns dos outros;a tirania serve a propósitos inversos,pensa apenas em si,independente de sofrimentos causados,já que é fria e insensível.
De outro lado temos os frágeis demais,os dramáticos e afetados,nestes até mesmo uma simples palavra pode quebrá-los(palavras que ferem seus egos,mas podem acrescentar seus espíritos,ditas com afeição),neste caso,situações que necessitam de uma certa frieza para serem solucionadas ou que necessitem ouvir algo,se transformam em sagas cheias de mais dor e sofrimento que a realidade já trás.Ficam dando voltas em seu próprio drama e mais atrapalham que ajudam,já que tanto a tirania quanto a dramaticidade tendem a contaminar os semelhantes em torno,isto é,há uma incitação,mesmo que não hajam palavras de ordem,é uma incitação por equivalência mental ou sentimental.Por esse motivo,devemos privilegiar o equilíbrio,usar sentimentos equilibrados dependendo das situações em que nos encontramos individual e coletivamente.