terça-feira, maio 08, 2007








Amor
e


Comunicação





O elo que se faz,a interatividade entre o que é dito por outras pessoas é extreitamente ligada às experiências de cada um,o modo como cada um recebe informações,como lidam e exercem suas emoções,personalidades emotivas e intuições.
Alguns são diretos,chegam a ser implacáveis no que acreditam e também, em muitos casos cruéis;outros são sutis e delicados.

O perigo se encontra quando duas pessoas,uma sutil e delicada e outra implacável e cruel convivem em relações muito próximas.A comunicação entre elas passa a ser dolorosa,quase impossível.
A delicada se sente ofendida,invadida e mal compreendida;já a implacável,confunde sensibilidade com fraquesa,achando que o outro é um ser mais fraco e vulnerável e até mesmo inferior.


Muitas pessoas tem dificuldade no uso das palavras;há maneiras e maneiras de se dizer a mesma coisa.Não sei se o que falta é uma certa dose de paciência,paciência para tentar conhecer com mais profundidade como o outro é.

Nesse caso também há algumas possibilidades,ou se usa o que se conhece do outro para tentar não dizer coisas que vão ferir, tentar evitar fazer coisas que vão magoar o outro ou então se usa exatamente para o contrário,usa-se o que o outro é em seu íntimo para feri-lo propositadamente,chegando a usar tudo o que é dito para apedrejar mais tarde ou seja "tudo o que for dito pelo outro será usado no tribunal para acusar".Se não for nenhuma coisa nem outra pode significar também que o outro é uma figura insignificante,quem diz impropérios não considera o outro,lhe é indiferente se vai protegê-lo ou ferí-lo.

Quando se para um pouco para se olhar quem se diz amar,ou para ouví-lo sem pedras na mão;uma relação conflituosa pode mudar;pode (com muita paciência e compreensão) se tornar mais harmônica,menos dolorosa, mas é preciso que se tenha amor de verdade,não uma fachada pra "inglês ver".

E amor é uma coisa que certamente tem de vir de dentro para fora,se não for assim,melhor não ser uma máscara;há pessoas que como não tem forças para lidar com seus próprios sentimentos e ou foram ensinadas que certos amores são inatos(de mãe pra filho ou vice versa por exemplo),então tem medo de como os outros vão vê-lo se ele admitir que não ama,que suporta,que tem pena,que tem obrigação não amor e não admitem isso nem pra si mesmos,vivem justificadno seus atos dizem:
-"Eu disse aquilo pro seu bem" ou -"Eu só queria te proteger,por isso te sufoquei,independentemente do número de vezes que vc me disse que eu estava realmente te deixando sem ar,que estava te machucando por pensar,querer e falar por vc".
Vivem de parecer e quando o "reboco da parede" cai porque a base é de areia,ai sim vem o descontrole...Descontrole por perceber que não dá pra se fingir que ama,descontrole por ver que o outro viu o que sempre foi negado,o que sempre quis parecer amor mas não é ou não foi.